O Conselho de Entidades de Base (COEB), que reúne todos os centros acadêmicos da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), teve a votação da sua terceira proposta inviabilizada pelos participantes quando a majoritária do Diretório Central dos Estudantes, que presidia a mesa, pediu para que fossem chamar um dos representantes que já havia se ausentado da plenária para desempatar a votação. Grande parte da plenária recebeu esta postura da mesa como imoral e ilegítima. O COEB aconteceu no térreo do pavilhão Adonias Filho, no dia 26, às 18:30h.
Duas propostas foram aprovadas por consenso. A primeira é que o DCE se preocupe em avisar todos os membros dos CA's e DA's da realização dos COEB's e demais atividades propostas pelo DCE, não só aos presidentes, como vinha sendo feito. A proposta foi defendida depois da averiguação que alguns presidentes dos diretórios não repassam para os demais membros dos CA's e DA's a informação sobre estas reuniões, assim como não debatem com os estudantes do curso em questão. A segunda proposta aprovada foi a realização de uma assembleia de estudantes no dia 10 de maio para tratar da greve.
O tumulto só ocorreu quando a a terceira proposta foi apreciada. A majoritária do DCE defendia a realização de um plebiscito para que os estudantes decidissem sobre a greve, mesmo depois da assembleia aprovada. A proposta concorrente era que junto com o plebiscito deliberativo fosse realizado um questionário consultivo, incluindo perguntas para verificar se estes mesmos estudantes que votam a favor ou contra a greve leram o decreto de contingenciamento, conhecem a lei 7176, acham que precisam de um programa de permanência estudantil e se sentem ou não representados pelos representantes da atual gestão do DCE. A segunda proposta ainda ressaltava que este plebiscito questionário deveria ser tomado como um documento sintomático do movimento estudantil da UESC. A majoritária do DCE argumentava que incluir estas questões poderia tirar o foco do plebiscito. A plenária defendia que a quantidade de papel utilizada seria a mesma, e que quem marca um x marca três, pois não é possível assumir que os universitários se confundiriam com um simples questionário.
Vários componentes da plenária reagiram durante o debate dizendo que é muito tendencioso perguntar aos estudantes que não foram devidamente informados sobre os motivos da greve. É claro que desconhecendo os impactos do decreto os estudantes votariam pelo imediato retorno às aulas, o que descredibilizaria todo o esforço feito pelo movimento docente das outras quatro universidades estaduais baianas, das quais duas, UESB e UEFS, já estão em greve de estudantes, professores e funcionários, contra o decreto de contingenciamento.
Os estudantes ainda denunciam a omissão da majoritária do DCE, afirmando que por muitas vezes sugeriram ao presidente do DCE-UESC, Thiago Fernandes, assim como a diretoria executiva, a realização de assembleias e COEB's para discutir sobre os problemas decorrentes do decreto antes da deflagração da greve dos professores, como uma forma de instruir os estudantes sobre a atual situação das universidades estaduais baianas. O presidente do DCE se defende dizendo ser o primeiro a se manifestar contra o decreto em uma assembleia que aconteceu na frente da UESC. Os estudantes ainda contestam o DCE acusando a prática de realização de assembleia, a partir do trancamento dos portões, imprópria para o movimento estudantil. “Acumular os estudantes trancando os portões para que eles se aglomerem na entrada, sem debater previamente o assunto não parece a melhor forma de realizar uma assembleia. Principalmente quando ela é convocada às escuras e sem nenhuma divulgação”, disse um dos manifestantes da plenária. Outro ainda completa a crítica “A majoritária do DCE foi capaz de ir num blog dizer que desconhece e descredibiliza o movimento estudantil aqui acampado na UESC, que tem debatido e atuado, mas foi incapaz de fazer um documento contra o decreto. Para o decreto, a majoritária acha que apenas mencioná-lo em uma assembleia de portões fechados é o suficiente”.
Ygor Schimidel
Jornalista
Estudante de Comunicação
Meu caro Schimidel, primeiramente parabens, não conhecia sua formação em Jornalismo.
ResponderExcluirSegundo, não foi a plenária que se manifestou contra um diretor do CA de Pedagogia, com todas as credenciais para votar. Um grupo, liderado por vc, Tonton (tumultuador oficial) e outros que não aceitaram o voto que colocaria ponto final na proposta. Como a turma da MINORITÁRIA ( como preferem ser chamados) nunca aceita uma derrota, só lamento.
Todos os diretores presentes poderiam votar. Inclusive voce, que não é diretor de nada, e usou de uma interpretação do falho estatuto do CA de comunicação social.
Lamento mais uma vez, que uma reunião que mobilizou 15 CAs e DAs, tenha terminado com a intervenção da policia, por culpa de pessoas como Everton "Tonton".
Espero que presenças como desse indivíduo não acabe com a assembléia legítima que acontecerá no proximo dia 10.
Andrei Sansil, estudante de comunicação social, e futuro COMUNICÓLOGO.
Vejam o que deu no blog do Pimenta na muqueca. Matéria: DCE nao se opôs ao aumento de passagens de busao. http://www.pimenta.blog.br/?p=72982
ResponderExcluirNão sou tumultuador Andrei, simplesmente não aceito esses pelegos, marionetes teleguiadas do pcdob e ujs q vive minando o movimento estudantil independente. Essa pelegada sem fundamento nenhum, ideologia baseada em nada e querem questionar inventando mentiras e cometendo injurias... é lamentavel ter q baixar o nivel pra conversar com esse pelegos de cabresto.
ResponderExcluirEwerton TONTON - Estudante de Administração, Diretor Geral do CEPAPA - Centro de Estudo Pesquisa e Aplicação Pan-Africano. http://cepapa.blogspot.com