quinta-feira, 28 de abril de 2011

COEB termina inviabilizado na UESC


O Conselho de Entidades de Base (COEB), que reúne todos os centros acadêmicos da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), teve a votação da sua terceira proposta inviabilizada pelos participantes quando a majoritária do Diretório Central dos Estudantes, que presidia a mesa, pediu para que fossem chamar um dos representantes que já havia se ausentado da plenária para desempatar a votação. Grande parte da plenária recebeu esta postura da mesa como imoral e ilegítima. O COEB aconteceu no térreo do pavilhão Adonias Filho, no dia 26, às 18:30h.

Duas propostas foram aprovadas por consenso. A primeira é que o DCE se preocupe em avisar todos os membros dos CA's e DA's da realização dos COEB's e demais atividades propostas pelo DCE, não só aos presidentes, como vinha sendo feito. A proposta foi defendida depois da averiguação que alguns presidentes dos diretórios não repassam para os demais membros dos CA's e DA's a informação sobre estas reuniões, assim como não debatem com os estudantes do curso em questão. A segunda proposta aprovada foi a realização de uma assembleia de estudantes no dia 10 de maio para tratar da greve.
O tumulto só ocorreu quando a a terceira proposta foi apreciada. A majoritária do DCE defendia a realização de um plebiscito para que os estudantes decidissem sobre a greve, mesmo depois da assembleia aprovada. A proposta concorrente era que junto com o plebiscito deliberativo fosse realizado um questionário consultivo, incluindo perguntas para verificar se estes mesmos estudantes que votam a favor ou contra a greve leram o decreto de contingenciamento, conhecem a lei 7176, acham que precisam de um programa de permanência estudantil e se sentem ou não representados pelos representantes da atual gestão do DCE. A segunda proposta ainda ressaltava que este plebiscito questionário deveria ser tomado como um documento sintomático do movimento estudantil da UESC. A majoritária do DCE argumentava que incluir estas questões poderia tirar o foco do plebiscito. A plenária defendia que a quantidade de papel utilizada seria a mesma, e que quem marca um x marca três, pois não é possível assumir que os universitários se confundiriam com um simples questionário.

Vários componentes da plenária reagiram durante o debate dizendo que é muito tendencioso perguntar aos estudantes que não foram devidamente informados sobre os motivos da greve. É claro que desconhecendo os impactos do decreto os estudantes votariam pelo imediato retorno às aulas, o que descredibilizaria todo o esforço feito pelo movimento docente das outras quatro universidades estaduais baianas, das quais duas, UESB e UEFS, já estão em greve de estudantes, professores e funcionários, contra o decreto de contingenciamento.

Os estudantes ainda denunciam a omissão da majoritária do DCE, afirmando que por muitas vezes sugeriram ao presidente do DCE-UESC, Thiago Fernandes, assim como a diretoria executiva, a realização de assembleias e COEB's para discutir sobre os problemas decorrentes do decreto antes da deflagração da greve dos professores, como uma forma de instruir os estudantes sobre a atual situação das universidades estaduais baianas. O presidente do DCE se defende dizendo ser o primeiro a se manifestar contra o decreto em uma assembleia que aconteceu na frente da UESC. Os estudantes ainda contestam o DCE acusando a prática de realização de assembleia, a partir do trancamento dos portões, imprópria para o movimento estudantil. “Acumular os estudantes trancando os portões para que eles se aglomerem na entrada, sem debater previamente o assunto não parece a melhor forma de realizar uma assembleia. Principalmente quando ela é convocada às escuras e sem nenhuma divulgação”, disse um dos manifestantes da plenária. Outro ainda completa a crítica “A majoritária do DCE foi capaz de ir num blog dizer que desconhece e descredibiliza o movimento estudantil aqui acampado na UESC, que tem debatido e atuado, mas foi incapaz de fazer um documento contra o decreto. Para o decreto, a majoritária acha que apenas mencioná-lo em uma assembleia de portões fechados é o suficiente”.


Ygor Schimidel
Jornalista
Estudante de Comunicação

domingo, 24 de abril de 2011

Professores em Jequié realizam ato público



Na tentativa de despistar o movimento paredista das universidades estaduais, foi divulgado ontem (19/04) que o governador do Estado, Jaques Wagner, não iria mais para Jequié como estava programado. No entanto, para surpresa de todos, o governador compareceu na cidade para presidir a solenidade de entregas das chaves das casas, do programa Minha Casa, Minha Vida. Aproveitando a oportunidade, professores e estudantes das quatro universidades estaduais realizaram um ato, com intuito de sensibilizar o governador para atender as reivindicações da categoria quanto a revogação do decreto 12.583, bem como da Portaria 001, que ferem o direito dos professores e a autonomia universitária e a retirada da clausula abusiva que engessa o Movimento Docente até 2015.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Informes da reunião com a reitoria 19.04.2011

O comando de Greve e Mobilização se reuniu ontem com o Reitor Joaquim após a assembleia dos docentes que decidiu pela manutenção da greve e retirada dos tapumes fixados na entrada da Universidade Estadual de Santa Cruz. O reitor continua afirmando que os portões estão em manutenção e que por sua vontade nem existiriam portões na universidade. “Os portões serão fixados assim que ficarem prontos”, disse o reitor Joaquim.

Sobre as consequências do decreto nº 12.583/11 o reitor afirmou que a situação da UESC não é tão ruim quanto as outras estaduais, exemplificando a UESB. “A UESC é capaz de passar pelo decreto como fez nos anos de 2009 e 2010, onde também houveram decretos da mesma natureza”.

Joaquim Bastos reconhece que as universidades estaduais baianas já não tem autonomia financeira há muito tempo. Segundo o reitor a sua maior dificuldade administrativa consiste em uma restrição até junho e julho, imposta pelo governo estadual sobre as fontes 40 e 61 (que ele não esclareceu a que se destinam).

Ele ainda afirmou ter “quadro e dinheiro para a contratação de 170 servidores” já aprovados e sem impactos no orçamento. E que diante da impossibilidade de contratar técnicos específicos para as demandas da universidade vai encaixar os recém contratados com perfil correspondente no intuito de solucionar alguns problemas de alguns cursos e laboratórios.

O Comando de greve irá protocolar na próxima semana uma reunião para o início de maio a fim de discutir a pauta interna mais extensa, proposta pelo movimento unificado de professores, estudantes e funcionários.

Ygor Schimidel
Estudante de Comunicação
"Movimento Mobiliza UESC"

O DCE somos nós.


Livia Correia - Secretária Geral do DCE-UESC


Faço parte do DCE/ Uesc, sou estudante!

Recorrendo ao Estatuto:
Art. 8° – São membros do DCE/UESC:
    a)Todos os estudantes de graduação regularmente matriculados na UESC

O caso, é que alguns estudantes foram eleitos nos dias 23 e 24 de novembro de 2010, para serem os representantes estudantis dessa universidade. Mas até onde deve ir essa representação?
Como foi escrito por ai, o Diretório Central do Estudantes Livre Carlos Mariguella, não apoia, não faz parte e desconhece o movimento intitulado Mobiliza UESC*, quanta petulância dizer que não apoia seus membros, afinal O DCE somos nós, não somos?
Não tinham que congregar e representar os estudantes da UESC, promovendo sua união em torno da resolução de seus problemas ou ainda promover e incentivar qualquer forma de organização capaz de beneficiar os estudantes, tendo como princípio atingir a sua organização livre e independente**?
Ao que parece morrem de medo do confronto de ideias e do debate aberto, pois temem ser desmascarados. Temem mais ainda o fato dos estudantes estarem lutando organizados e avessos a essa direção oportunista. Estão carregados de apatia e hipocrisia, tentando desmoralizar os coletivos. Colocam-se como os detentores da verdade e defensores dos reais interesses dos universitários, sem sequer consultar a base.
E digo mais, se hoje a Universidade transpira política, devemos isso aos estudantes que tomaram para si o papel de protagonistas; enquanto que, imerso em vícios do movimento estudantil, a diretoria que assina a tal carta de repúdio, simplesmente não representa os estudantes, e sequer se preocupa em tornar o DCE representativo.

É bom ficar claro, que os estudantes podem e devem se mostrar como uma comunidade crítica, que se posiciona e discute, já que a Universidade Pública deve ser um espaço de reflexão e formulação de políticas e ações de resistência. Devemos entender que educação publica não é despesa, mas um investimento. Ou seja, lutar pela educação pública, gratuita, de qualidade e democrática é lutar pelo bem de todos.

E é nossa obrigação lutar pela transformação da realidade.

O DCE tem que apoiar a luta dos estudantes, para isso é preciso vencer o aparelhismo e o imobilismo que toma conta da gestão 2010-2012. Afinal, que tipo de superpoderes se ganha quando se é eleito para a diretoria do DCE***?




Livia Correia****

__________________________________________________________________________________
*Trecho da Carta de repúdio do DCE/Uesc.
**Trechos do Estatuto, ao que parece nem sempre cumprido.
***Preciso de respostas.
****Atual Secretária Geral do Diretório Central dos Estudantes da Uesc, que só ficou sabendo da existência da tal Carta de Repúdio do DCE/Uesc quando esta foi publicada na internet. Sendo assim, não assina ou concorda com os absurdos escritos, visto que acredita no direito de auto representação e livre organização.

NOTA DE ESCLARECIMENTO DO COMANDO DE GREVE DA UESC SOBRE A ATA DE COMPROMISSO DA REITORIA JUNTO AO GOVERNO




Segundo a CI 054 de 13/04/11 encaminhada pela reitoria, o Reitor da Universidade Estadual de Santa Cruz, em 07 de abril de 2011, às 18:25h, firmou junto aos representantes da SAEB (Administração) e SEC (Educação) do Estado um compromisso que tenta legitimar a interferência do governo na autonomia da UESC.


1º ESCLARECIMENTO – inconstitucionalidade da ata e do Decreto 12.583/11

É importante ressaltar que a Constituição Federal Brasileira estabelece em seu artigo 207 que “as universidades gozam de AUTONOMIA didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial (...)”. Em consonância com esta, a Constituição do Estado da Bahia, em seu artigo 262, inciso IV, reitera que “as instituições estaduais de ensino superior gozarão de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial (...)”, tendo como “princípio a indissociabilidade do ensino, da pesquisa e da extensão”.
Do mesmo modo, o Estatuto do Magistério Superior da Bahia (Lei 8.352/2002), artigo 18, parágrafo 2º, determina que “a Universidade, ouvidos os Departamentos, fixará o prazo para tramitação dos processos de promoção e de progressão”, e continua no parágrafo 2º do referido artigo: “O PROCESSO PARA PROMOÇÃO E PROGRESSÃO FUNCIONAL DEVERÁ TRAMITAR, SER DECIDIDO E ENCERRADO NO ÂMBITO DA UNIVERSIDADE”. Assim, de acordo com as Constituições Federal e Estadual, e com o Estatuto do Magistério Superior da Bahia, os processos de promoção e progressão funcional deverão ocorrer no âmbito da universidade, de acordo com o princípio da autonomia universitária, assegurada nas leis supracitadas.
Entretanto, segundo a Ata de Compromisso firmada entre o magnífico reitor e os secretários estaduais, no que o termo chama de “fluxo de processos de promoção e progressão” (figura abaixo), item III, alíneas “a” e “b” (nos anexos IV, V e VI) percebe-se que, na prática, a Universidade se torna refém da SAEB e do COPE, que se manifestariam sobre as demandas da universidade em função de uma suposta “disponibilidade orçamentário-financeira” geral do Governo do Estado.
Percebe-se, pela figura, que se usurpou da universidade uma decisão que por lei lhe cabe. Além disso, traz dois grandes inconvenientes: por um lado impõe um trâmite burocrático excessivo e desnecessário à administração pública; por outro lado dificulta o exercício de direitos líquidos e certos dos docentes.


2º ESCLARECIMENTO – limitações da ata

A Ata de compromisso apresenta extrema fragilidade quanto a sua abrangência temporal e de garantia dos demais recursos necessários às atividades acadêmicas. Em relação à abrangência temporal, é importante observar que a ata restringe-se ao ano de 2011, não contemplando o atendimento continuado das demandas da universidade ao longo dos anos seguintes, e desconsiderando o processo de ampliação pelo qual passa a UESC com o surgimento de novos cursos de graduação e pós-graduação. Ocorre que as demandas por processos de promoção, progressão, D.E., concursos etc. não se restringirão ao ano de 2011. E nada está garantido para os anos vindouros.
Quanto à abrangência de recursos, a ata limita-se aos recursos humanos. Evidentemente, atividades primordiais da Universidade, como ensino, pesquisa, extensão e administração não funcionam sem recursos materiais, os quais permanecem ainda mais
contingenciados pelo Decreto 12.583/11 e pela Portaria 001/11. É preciso ressaltar que estes recursos não foram contemplados de nenhuma maneira pela ata de compromisso firmada entre o reitor e o governo. Ainda mais grave, o valor firmado na ata de compromisso é de disponibilizar “ATÉ R$ 3.191.024,00” (sic), ou seja, nenhuma garantia de que este valor será efetivamente liberado em sua totalidade. Permanecendo a Universidade à mercê das decisões do Governo do Estado.


3º ESCLARECIMENTO – a força da mobilização

Outrossim, vale destacar que a assinatura da Ata de compromisso se deu após três universidades estaduais já terem aprovado indicativo de greve, paralisação dos docentes da UESC em 30 de março e ainda terem deflagrado a greve: Uesb (05/04/11), Uesc (06/04/11) e Uefs (07/04/11). Ou seja, a “flexibilização” do governo no tocante a alguns aspectos do Decreto 12.583/11 e da Portaria 001/11 ocorreu já sob pressão das universidades estaduais, sendo resultado da força de mobilização destas sobre a política do governo.


CONCLUSÃO

Assim, ao contrário do que parece a princípio, o Compromisso oficializa, na verdade, uma ingerência ainda maior do Governo sobre a autonomia universitária, assegurada em Lei, na medida em que: continua deixando sob a chancela do governo as decisões quanto à contratação e gastos com pessoal no ano de 2011, violando a autonomia universitária;

• Não contempla uma política perene e autônoma de contratação e gastos com pessoal,
considerando a especificidade do funcionamento das universidades;

• Continua submetendo os processos de solicitação de contratação e gastos com pessoal à COPE, submetendo as decisões ao Decreto de contingenciamento;

• Aumenta a burocracia necessária para o trâmite dos processos entre a universidade e as instâncias governamentais;

• Não se compromete com uma discussão sobre estratégias, diretrizes e ações objetivas e imediatas para enfrentar a crise da Educação Superior da Bahia;

• Confunde o dever do Estado para com a manutenção e o desenvolvimento das
universidades públicas com uma ingerência arbitrária e inconstitucional sobre o ensino
superior.

Por esse motivo, entende-se que o compromisso assinado pelo magnífico Reitor não significa nenhum avanço concreto, apenas um ato consoante com as políticas restritivas do atual governo sobre as universidades.


Ilhéus, 18/04/11
Comando de Greve da UESC

Em assembleia, professores decidem manter a Greve


Na tarde de hoje foi realizada uma assembleia dos docentes, onde ficou decidido, com 82 votos a favor, pela manutenção de Greve, ainda por tempo indeterminado. Os votos contrários somaram 26 e 2 abstenções. A plenária mostrou-se bastante decidida em continuar com a greve já que o desenvolvimento das duas reuniões com o governo, realizadas na semana passada, não acarretou em uma resposta favorável à categoria.
As reivindicações do movimento paredista continuam as mesmas. Os docentes protestam contra o Decreto 12.583 e a Portaria 001, ambos de contingenciamento orçamentário, que inviabilizam o desenvolvimento eficaz das atividades acadêmicas. Além disso, os professores querem que a clausula, apresentada em dezembro do ano passado a qual impede a abertura de novas negociações que impliquem impacto orçamentário, seja retirada para que o acordo de incorporação da CET seja assinado e a campanha salarial 2010 seja concluída.
Durante a reunião, outra questão foi levantada pela plenária: os portões da UESC. Foi cobrada uma explicação plausível do Reitor da Universidade, que estava presente, para a retirada dos portões em plena madrugada e logo após a deflagração da greve, porém o mesmo não quis se manifestar. Após uma extensa discussão, ficou resolvido que os “portões” improvisados de madeirite serão retirados para que todos tenham o direito de ir e vir e a base solicitou ao Reitor que os portões oficiais fossem reinstalados.
Para fortalecer o movimento, foram aprovadas algumas propostas para os próximos dias: Amanhã (20) os professores das quatro universidades farão uma manifestação em Jequié, no dia 28 de abril acontecerá um “dia de fúria” (local a definir) e na primeira semana de maio (data a definir) realização de outro ato público em Salvador.
19 de abril de 2011

terça-feira, 19 de abril de 2011

Aprendizes de feiticeiros: O Neocarlismo (PT, PMDB, DEM, PSB, PDT, PCdoB…), a Educação e a crise das Universidades no Estado da Bahia

Prof. Dr. Reginaldo de Souza Silva*
Após cinco anos, o des-governo na Bahia começa de forma exponencial a demonstrar o seu fracasso. A chamada revolução ética, política e partidária prometida deu lugar ao caos (real) das políticas sociais. Sonhos, esperanças e confiança da população, expressos nos 60% de votos, se esvaem em ações de um governo corporativo destinado apenas a beneficiar uma minoria, não conseguindo, portanto, redimir a Bahia das décadas de atraso, do coronelismo político e da falsa promessa de desenvolvimento econômico e social para o Estado. O terror dos apadrinhamentos vence as esperanças; a confiança dá lugar ao medo; as ameaças superam o diálogo e as ingerências administrativas dão a tônica no serviço público. As chamadas “negociações democráticas” representam apenas a face mais perversa de um governo maniqueísta, no qual apenas suas “verdades” e vontades é que devem, por fim, prevalecer.
Com práticas semelhantes aos governos anteriores, o governo atual da Bahia, encabeçado pelo partido que antes representava os trabalhadores, demonstrou a que veio: recuperando práticas ardilosas, através de compra de cargos, tentativa de manipulação e compra da imprensa, trocou uma elite dirigente por outra que revela suas matrizes teóricas e práticas administrativas e políticas caudatárias na mesma referência do “carlismo”, outrora representado pelo PFL e sua caravana denominada o eixo do ¨mal¨.
O governo, eleito sob a égide da oposição, tem tomado atitudes que vão contra tudo aquilo que ele apregoou durante a campanha eleitoral. Do mais esclarecido ao mais simplório dos eleitores já lhe é possível constatar que estamos vivendo a era política do Neocarlismo, na qual o assistencialismo barato, associado à ignorância e à esperteza, “na calada da noite”, vende as estradas federais do estado, desmonta a cúpula da polícia, leiloa os cargos de governo, fragmenta as secretarias de governo e, por fim, sucateia a educação baiana. Aprendizes de feiticeiros, o governo Jacques Wagner, e suas coligações atuais, representam uma corrente que, outrora, combatentes do eixo do mal, hoje agem como sua imagem e semelhança.
Especificamente em relação à educação, o estado da Bahia representa o que de pior podemos esperar em indicadores avaliativos. Se outrora culpavam os “feiticeiros” (ACM e os governos posteriores), hoje não podem mais se esconder na denominada herança do passado. O momento presente insiste em demonstrar a toda a sociedade que o governo que aí está também não demonstra compromisso com a educação baiana.
Os professores e estudantes das universidades estaduais da Bahia, atentos a todo esse processo, nas últimas semanas, têm ocupado as ruas, praças e os espaços públicos para denunciar e alertar a população sobre o caos da educação superior no estado da Bahia.
Protestam contra decisões recentes do governo Jaques Wagner em retirar a autonomia das universidades estaduais baianas, através de decretos de contingenciamento. Só para esse ano, o governo baiano anunciou o corte de mais de R$ 1 bilhão no orçamento com reflexo direto nas universidades, onde estabeleceu o repasse de apenas 40% o seu orçamento até o mês de outubro.
Tal medida afeta drasticamente a contratação de novos professores, provocando o cancelamento de várias disciplinas, impede e dificulta a qualificação e a progressão na carreira dos docentes e também impossibilita a expansão das universidades, pois inibe a criação de novos cursos, a melhoria dos que já existem, a compra de livros e equipamentos eletrônicos de uso da comunidade acadêmica bem como, por fim, inviabiliza parte das atividades diárias de manutenção das universidades.
Quanto ao reajuste salarial dos docentes das universidades baianas, apesar de ser o segundo pior do nordeste, o governo apresentou na mesa chamada de negociação (que poderíamos chamar de mesa de tapeação, enganação, enrolação…) cláusulas que levariam a um congelamento dos salários por mais três anos.
Por fim, lamentamos que docentes, que outrora serraram fileiras na luta por uma educação de qualidade na Bahia, tenham sido cooptados por cargos no governo e tenham abandonado a luta pela ampliação do acesso, da permanência e da qualidade na educação superior do estado da Bahia. Lamentamos que aqueles que antes criticavam os “feiticeiros” quando estavam na oposição, na verdade se tornaram ótimos aprendizes e repetem seus feitos com o cinismo próprio de quem supera seus mestres.
Diante desses fatos, os docentes e discentes das universidades não poderiam ficar calados, pois, é fato que, nos últimos anos, os baixos salários e as precárias condições de trabalho, tem levado as universidades estaduais a perderem muitos de seus docentes qualificados para outras instituições de ensino superior (e inclusive também de nível técnico!). A greve, sabemos, deve ser o último recurso a ser utilizado. Mas, parafraseando o grande Martin L. King, ela também é o instrumento daqueles que não são ouvidos. E os docentes e discentes das universidades baianas têm “gritado” muito nos últimos quatro anos e não foram ouvidos, sendo necessário, então, o uso desse último recurso.
Estamos em greve! E conclamamos a que a população deste Estado, que sempre soube dar respostas as crises e desmandos, assuma a bandeira da Educação Pública de Qualidade para a Bahia, requerendo para si e para suas gerações futuras uma Bahia diferente, democrática e que pertença, de verdade, a todos nós.

* Reginaldo de Souza Silva, Doutor em Educação Brasileira, professor do Departamento de Filosofia e Ciências Humanas da UESB.

Retirado de: http://www.blogdaresenhageral.com.br

sábado, 16 de abril de 2011

Mobiliza UESC

Todo movimento social emerge de uma demanda de insatisfação, quando o Estado, instituições ou entidades representativas não cumprem seu papel. Esta é a natureza do MOBILIZA UESC; Movimento Estudantil independente e organizado que eclode no ápice da centralização de poder acompanhada de práticas de atropelamento e tratoramento da gestão majoritária do DCE.
A apatia do Movimento Estudantil da UESC é provocada; ela é alimentada por aqueles que têm claro interesse na manutenção de um poder. Afinal de contas, é muito mais fácil manter-se no poder quando não existem oposições organizadas e atuantes. Por isso, entendemos que, a tentativa de neutralização dos movimentos estudantis independentes da UESC através de cartas de repúdio e armações sórdidas, não só corrobora esse posicionamento centralizador, bem como ataca a liberdade política dos estudantes.
O MOBILIZA UESC, como o próprio nome diz, vem com a proposta de mobilizar os estudantes uesquianos em torno dos debates e discussões que envolvem a comunidade acadêmica, ampliando verdadeiramente os espaços, por entender que quem constrói o movimento estudantil são TODOS os estudantes, e não uma gestão representativa ou um grupo político.










Portões são encontrados no almoxarifado da UESC


Os portões da UESC foram arrancados a maçarico na madrugada do dia 07 de abril “para manutenção”, segundo a direção da universidade, embora estivessem em perfeitas condições no dia anterior. Ontem, 14 de abril, foram encontrados no almoxarifado da UESC, no Complexo Manoel Leão, em Itabuna. E ao que parece, continuam em “manutenção”…

Esse é o compromisso da reitoria da UESC com a coisa pública e o dinheiro do contribuinte.
Retirado da ADUSC 

Informe: Universidade sem internet!

Após algumas quedas de energia na tarde de ontem, os estudantes acampados na Universidade encontram-se sem internet. Tanto Wifi, quanto a internet vinculada a sala dos DA´s, não estão funcionando. Bem por isso, os textos produzidos e discutidos, COLETIVAMENTE, para esclarescimento sobre os ultimos acontecimentos  ainda não foram veinculados!

Reforçamos que não será visto em nosso meio nenhum PRESIDENTE que responda pela vontade dos Estudantes. O Movimento Mobiliza UESC não possui lideranças, e preza pela construção coletiva.

Os estudantes estão providenciando se deslocar para um local com internet afim de atualizar as informações!
Agradecemos a compreensão e força na LUTA!

Karen Oliveira (Rádio e TV - UESC)
Coletivo FormAção - "mais vale o que será"
#mobilizaUESC

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Questionamentos de uma Estudante da Uesc após saber da tal Convocação do COEB

Colegas,

Há diferença entre política e poder?
 É legítimo um ato contra uma violência sofrida?

O princípio do conhecimento é o questionamento, a indagação e análise dos fatos. Diante disso, levanto mais uma questão: qual deve ser o posicionamento do povo, diante de uma democracia falida, em que o que existe é o jogo do poder e da politicagem? Vemos o reflexo dessas práticas bem perto de nós estudantes, aqui mesmo dentro da UESC.

Exposição dos fatos:

*  Na ausência do presidente e vice-presidente do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Estadual de Santa Cruz, e assim, por uso de suas atribuições legais enquanto representação discente, a secretária geral Lívia Correia convocou no dia 08 de abril, uma reunião extraordinária da diretoria para o dia 11 de abril, na qual ficou definida a convocação de uma assembleia geral dos estudantes para o dia 14 de abril, às 16 horas no térreo do pavilhão Adonias Filho.   
*  O grupo majoritário da gestão do DCE, antes omisso às discussões sobre as mobilizações dos docente, funcionários e estudantes, resolvem do dia para a noite, mandar por e-mail, uma convocação datada de 11 de abril, para a realização de um COEB – Conselho das Entidades de Base, no dia 14 de abril,  que tratará, segundo consta, do indicativo de greve dos estudantes.
*  De acordo com o estatuto do DCE, uma reunião extraordinária do COEB deverá ser convocada  com prazo mínimo de três dias de antecedência.  
*  De acordo com o estatuto, apenas tem voz e voto, num COEB, um representante da diretoria de cada Centro e Diretório Acadêmico, ou estudantes do respectivo curso eleito em assembleia de curso, sendo que a ata da assembleia deve ser protocolada junto à diretoria do DCE, com antecedencia mínima de duas horas antes do início do COEB.

Apontamentos:

*  O e-mail recebido pelo presidente do DA de Biologia, Caio Carvalho, com a convocatória do COEB, está datado de 13 de abril (até agora é o único que tive acesso)
*  Não há nenhuma convocação de COEB fixada, em lugar algum da UESC até a presente data (14 de abril de 2011, às 03:01 horas da manhã)
*  A diretoria esteve ausente de suas funções desde a última quinta-feira (07 de abril) até 13 de abril
* Não houve assembleia de curso para discussão sobre posicionamento para o COEB. É legíimo que só uma pessoa responda por com corpo de estudantes, sendo que nem houve consulta nas bases?

Conclusão:

Seria bom que o maior número possível de estudantes esteja presente amanhã, a partir das 16 horas na UESC, porque acredito eu, Ingrid,que algumas coisas precisam ser esclarecidas.

Saudações,


Ingrid

SUPOSTA CONVOCATÓRIA DE COEB PUXADA POR THIAGO FERNADES‏


Na madrugada de hoje tivemos acesso ao documento abaixo, enviado por
email no dia 13/04 por Thiago Fernades, atual presidente do DCE .É
válido lembra que segundo o Estatuto:" Art. 24 – O COEB se reunirá,
trimestralmente, em caráter ordinário ou quando convocado:  a) pela
diretoria do DCE; b) por metade mais um das entidades a ele filiadas.
§1° A convocação para as reuniões ordinárias do COEB deve ser feita
com o prazo mínimo de 5 (cinco) e máximo de 10 (dez) dias úteis,
constando no edital horário, local e pauta dos assuntos a serem
tratados;
§2° A convocação para as reuniões extraordinárias do COEB deve ser
feita com prazo mínimo de 3 (três) dias de antecedência, constando no
edital horário, local e pauta dos assuntos a serem tratados;"

Segue a tal Convocatória:



DIRETORIO CENTRAL DOS ESTUDANTES LIVRE CARLOS MARIGUELLA (GESTÃO
2010-2012)

CONVOCATÓRIA

       O Diretório Central dos Estudantes convoca os Centros e Diretórios Acadêmicos para um COEB (Conselho de Entidades de Base) Extraordinário, a ser realizada nesta quinta feira, dia 14/04/2011, às
17:00h (primeira chamada) e 17:30h (segunda chamada), no CEU.

O ponto de pauta é:

- Indicativo de Greve dos estudantes.


Atenciosamente,
Thiago Fernandes
Presidente DCE-UESC

Ilhéus, 11 de abril de 2011."

Assembleia Geral Extraordinária hoje (14/04) às 16h!

Antes omissão e agora suposto interesse por uma situação já há meses imposta pelo Governo do Estado. O grupo do PCdoB, que possui mais cargos no DCE da UESC, na tentaviva de desmobilizar uma assembleia convocada pela própria entidade através do grupo minoritário da gestão, 'deu as caras' na universidade ontem e puxou um COEB (Conselho de Entidades de Base), 'nas intoca', para hoje (14/04) no mesmo horário, com o objetivo de deflagrar greve. Não entendo também porque o documento data 11/04 e os C.A's e D.A's receberam-no ontem (13/04). Pergunto se eles, do PCdoB, não pensam ou talvez não consideram que nós, estudantes, pensamos, nos informamos, mobilizamos e, principalmente, nos representamos.
"DCE oportunista, não me representa"!
Então vamos nessa. Assembleia Geral Extraordinaria, hoje (14/04) às 16h no CEU!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Os “mestres”.


Certo professor, desses que estão à frente do movimento, chamou uma estudante de comunicação social, que estava filmando os discursos do manifesto da portaria da UESC de imprensa marrom. A estudante da universidade só esta divulgando os fatos sem sensacionalismo algum, somente postando os vídeos no youtube. Vídeos esses que já foram postados aqui, alguém precisa rever seus conceitos.
Não fosse bastante durante a abertura dos portões três professores forçaram o portão da UESC que estava sendo protegido por estudantes que pintariam as madeirites colocadas no lugar dos portões. A passagem já estava sendo permitida, mas eles queriam que o portão fosse aberto. Resultado disso foi a lamentável situação onde os mestres agrediram seus estudantes, com os ânimos exaltados coisas indignas de serem repetidas foram ditas.

Fonte:  http://gatoblogueirodauesc.blogspot.com/

CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

Após Reunião Extraordinária da Diretoria Executiva do DCE, convocada em caráter de urgência, decorrente do não posicionamento da Entidade em relação à edição do Decreto n° 12.583 e da Portaria n° 001/11 e a deflagração de greve da ADUSC e AFUSC; segue como encaminhamento essa convocatória de ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINARIA DOS ESTUDANTES, que terá os seguintes pontos de pauta:


* Decreto n° 12.583 e Portaria 001/11 do Governo do Estado;
* Posicionamento do DCE perante a greve;
* Posicionamento dos estudantes em relação à greve deflagrada;
* Definição de data para um COEB.


Diante da ausência do presidente e vice-presidente, e no uso de suas atribuições legais de representação discente, a Secretária Geral convoca todos os estudantes a estarem presentes no dia 14 de abril, quinta-feira, as 16h00 no CEU(Térreo do Pavilhão Adonias Filho).

Livia Correia
Secretária Geral-DCE

Greve na Uesb (Por Rui Medeiros )

*Por Ruy Medeiros
A Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia encontra-se em greve. Antecedidos pelo movimento de paralisação dos estudantes, os professores resolveram deflagrar greve. Todos agora estão fora das salas de aula.

A greve demorou de ocorrer. Embora indesejada por muitos, em razão dos embaraços que a sucedem, tornou-se inevitável. Quem está fora não percebe coisas graves que comprometem o presente e o futuro da educação e, com isso, as próprias gerações presente e futura.

As universidades baianas vêm sofrendo há muito tempo. Os ataques a sua autonomia são crescentes e o sufocamento de suas atividades sempre esteve na pauta dos últimos governos. E universidade mendiga é universidade sem autonomia. Não se deve esquecer que a lei que criou o CONSAD – Conselho Superior de Administração das Universidades impôs tutela à UESB, UEFS, UESC e UNEB. Houve luta pela sua revogação e gestores atuais foram seus críticos. Uma vez no governo, no entanto: “esqueçam o que eu disse e o que eu escrevi. Participemos da amnésia política”. É o oportunismo. É o cinismo. É a falta total de vergonha.

Agora o governo assesta outro golpe profundo nas universidades baianas. É a sangria. Ainda não é o decreto morte porque há estudantes, professores e funcionários cuja luta será compreendida e apoiada pela sociedade. O governo editou o Decreto nº 12.583/11, que não resiste a controle de legalidade: suprime gozo de direitos, proíbe contratações ou concurso de professores, proíbe saída de professores para pós-graduação, garroteia financeiramente cada universidade baiana.
Apesar de proibir contratação (que é feita por seleção) e concurso, o Estado da Bahia não se dispõe a devolver às universidades baianas os professores que cooptou para Secretarias, Cargos Comissionados, etc, alguns dos quais foram “bravos sindicalistas” que certamente acham muito prudente calar e ficar.
O Decreto 12.583/11, atentatório à autonomia universitária agrava a situação das universidades que se encontram sem professores suficientes, carentes de servidores, sem espaços construídos para suas necessidades, faltante de materiais. O arrocho salarial compõe o cenário e não é mero detalhe com o panorama de desvalor sob o qual a educação é tratada.
A greve não é um luxo. É a medida necessária para defender a Universidade. À medida que governos têm sucateado a Universidade Pública, a universidade privada cresce e o direito à educação passa a ser bem mercantil, um não direito nas mãos de grupos que cada vez mais se desnacionalizam.


*Ruy Medeiros é Professor do Curso de Direito da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia e Advogado

Atividades do dia - 13/04/2011

07:00 horas - Ato conjunto com Docentes e Funcionários nos portões (ou no lugar em que eles ficavam!!).
09:00 horas - Avaliação das atividades do Movimento
14:00 horas - Plenária conjunta (doscentes, funcionários e estudantes) para repasse das informações da reunião de 12/04 em Salvador, discussão de pauta interna e conjunta de reinvidicações e agendamento de reunião com a Reitoria da UESC.
14:00 horas - Grupo de discussão sobre o Decreto n.º 12.583/11 e Portaria n.º 001/11.

"...O 'movimento' não tem porta..."

 Jamais escutei tão passiva alguém cometer um desvio na letra de uma música (Schimidel comprova). Bem, ao discutirmos o caráter identitário, a forma e o nome que caracterizam o MOBILIZA UESC, numa dessas conversas de exercício e amadurecimento retórico que eu e Ygor, o Schimidel, travamos, pensávamos nos enquadramentos "coletivo" e "movimento". O professor Blume, componente do Comando de Greve e Mobilização, acompanhou algumas falas e interferiu cantando o que seria um trecho da música intitulada "Tropicália", de Caetano Veloso: "...o movimento não tem porta...". Na realidade, seria "o monumento não tem porta" ou "eu organizo o movimento". Equívoco pontual. Para a física, 'movimento' é variação de posição no decorrer do tempo, para nós, mobilidade, fluxo, "estamos".  Neste mesmo momento, conversa encerrada. Que seja perdoado nosso companheiro.

Dia de repasses e encaminhamentos. Ontem, 12/04, uma reunião ampliada aconteceu às 17h no CEU da UESC. Contou com oitenta assinaturas na lista de presença, além de um pico de setenta e três pessoas que participaram deste fato através de videoconferência na twitcam - ferramenta que tem sido utilizada interativamente pela mobilização, um espaço de integração onde há convergência de meios e difusão de ambientes e informações. Enquanto isso, em Salvador acontecia uma reunião dos movimentos dos servidores, discentes e docentes das universidades públicas estaduais com o Secretário de Educação.  É, nada de revogação do decreto. Apenas uma tentativa do Governo do Estado de desmobilizar a greve propondo atender alguns pontos de pauta específicos da categoria docente. Eu quero é novidade.
Ontem à noite um portão foi improvisado pelos professores e está sendo pintado pelos estudantes, neste momento, num ato público na frente da UESC, das três categorias que estão mobilizadas - servidores, docentes e discentes.

Enquanto movimento estudantil, temos amadurecido a construção de espaços que possibilitam a difusão de informação, embates político-ideológicos, explanação de idéias propositivas e encaminhamentos.
"...Onde queres um lar, revolução
E onde queres bandido, sou herói...".
(O quereres - Caetano Veloso)

É só chegar.
Vamos pra luta!

Júlia Guedes
MOBILIZA UESC

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Professores "fura greve".



Há reclamações de professores coagindo estudantes para assistir as aulas, dizendo que vão dar o assunto como dado, fazer avaliação e dar falta. Quando questionado o departamento diz que legalmente não há nada que impeça os professores de darem aula. Mas os estudantes podem se mobilizar e falar com os coordenadores do movimento de greve dando nome dos professores, o nome do estudante não será citado.
 
 
Fonte: http://gatoblogueirodauesc.blogspot.com

Atividades do dia 11/04

  • Ato da AFUSC às 07:00h, na porta da UESC, marcando a entrada desta classe no movimento grevista.


  • Reunião para construção de pauta interna entre ADUSC, AFUSC e Movimento Estudantil logo após o ato público.

  • Reunião e execução de atividades das comissões de Comunicação, Mobilização e Metodologia a partir das 13:30h

  • Grupo de Discussão sobre o decreto 12.583/11 às 14:00h no térreo do Pavilhão Adonias Filho.

  • Cultural Construtiva a partir das 20:00h com atividades artístico culturais e políticas no térreo do Pavilhão Adonias Filho.



Compareçam, A LUTA É DE TODOS!
"Educação não é mercadoria"

HáBraços

UESC “SEM ÁGUA”


Um dos estudantes que estão mobilizados no apoio à greve da Uesc revoltou-se após ter um singelo pedido negado pelos funcionários da segurança patrimonial da universidade. O aluno solicitou autorização para utilizar um dos banheiros da instituição e foi informado de que seria impossível, pois não havia água.
Para o jovem grevista, a barrada no banheiro é mais uma forma do reitor Joaquim Bastos retaliar o movimento. A primeira medida nesse sentido foi mandar os portões da Uesc para a manutenção e deixar o acesso escancarado, a fim de evitar os piquetes.
Maldade.

Fonte: http://www.pimenta.blog.br

Mobiliza também UESC!

Diante da realidade atual enfrentada pelas universidades estaduais baianas venho manifestar minha indignação contra a letargia política e apatia dos estudantes da UESC. Não se pode admitir que diante do ataque perpetrado pelo governo do Estado da Bahia à já restrita autonomia das universidades públicas, os estudantes permaneçam indiferentes a essa situação preocupando-se apenas com seus futuros canudinhos. Gramsci neles: “odeio os indiferentes”.
A princípio denuncio a farsa montada pelo DCE – Carlos Marighella no dia 29 de Março, a qual intitulou de assembléia dos estudantes. Que espécie de assembléia é essa que sequer teve divulgação prévia? Que de maneira truculenta e antidemocrática foi imposta aos estudantes. Na verdade tudo aquilo não passou de um teatrinho para levarem a cabo mais um de seus projetos de traição aos estudantes. O que foi aprovado naquele dia? Alguém Lembra? Eu sim! Foi aprovada, de maneira arbitrária, a solicitação de um ônibus com 40 vagas para irem a Salvador negociarem (leia-se vender o movimento estudantil) com o governo a assistência estudantil para a UESC, aquela antiga pauta que bem conhecemos: residência, restaurante, posto médico, creche, etc. Ora, como puxar essa luta apenas lendo a pauta de reivindicações, sem ao menos fazer uma discussão a respeito? O debate sobre assistência estudantil é mais do que necessário na conjuntura uesquinana: o famoso e não menos importante TRABALHO DE BASE. Por que o DCE não faz isso?
Esta pauta (assistência estudantil) foi levantada apenas para, como disse um camarada: atrair os holofotes, quando na verdade o que querem mesmo é esse espaço no balcão de negociações com o governo do Estado em Salvador. Tanto foi assim que no intuito de legitimar aquela novelinha percebi uma busca frenética por assinaturas para uma “lista de presença”, enquanto um componente da corja governista do DCE escrevia não menos freneticamente, o que imagino tratar-se de uma ata de reunião. Aproveitaram de uma mobilização por parte dos estudantes secundaristas que estava sendo encaminhada em Ilhéus contra o aumento da tarifa para tentarem dar radicalidade ao movimento e combatividade ao DCE (que piada!) utilizando os estudantes da UESC como massa de manobra. Se aquilo se tratou de uma assembléia geral de fato, por que então sequer tocaram no assunto dos decretos baixados por Jaques Wagner, que são a caracterização de um governo eminentemente fascista com o objetivo único de sucatear a educação pública? Eu sei por quê! Por que se trata de uma camarilha de pelegos que rastejam pelas migalhas governistas e venderiam qualquer coisa por elas.
Até me culpo, pois estava lá e não peguei o microfone para denunciá-los, mas também, o circo já estava montado.
Dessa forma, proponho uma verdadeira assembléia geral dos estudantes de caráter independente e autônomo, sem a intervenção do DCE - aliás, só vejo uma saída para o Diretório Central dos Estudantes: extinguí-lo, arrancar a porta daquela sala e queimá-la - (a porta) com o objetivo de discutirmos os problemas da universidade, principalmente os decretos do governo do Estado da Bahia na perspectiva de luta por sua revogação, pois acredito que toda luta pela resolução dos problemas da UESC está condicionada nesse momento por esse decreto, assim como em apoio e fortalecimento do movimento que já está sendo encampado por outras instituições, a saber: Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia em seus três campi.
Isto significa dizer que, na Universidade Estadual de Santa Cruz a mobilização está na ordem do dia.

Pedro Paulo Barreto Junior
Graduando do curso de
Licenciatura em História.

Para onde foi a água, Quincas???

Depois dos portões arrancados na calada da noite agora a UESC não tem mais água.Será que isto é parte das políticas de contingenciamento da do Governo Estadual ou é só mais uma atitude escrota para desmobilizar os estudantes que ainda lutam por uma universidade pública de qualidade???


Responde esta ai na moral, reitor Joaquim???

Ygor Schimidel
Estudante de Comunicação
"Depois de ter o pedido de banho negado por parte da segurança patrimonial na UESC".

Fonte: http://quemtemcutemmedo.blogspot.com