Diante da atitude do governo estadual com a edição do decreto nº 12.583 de 09 de fevereiro que fere mais uma vez a autonomia da universidade, (vale lembrar que ainda funcionamos sob vigência da Lei 7.176); e após as Secretarias de Planejamento, Fazenda e Administração assinarem a portaria nº 001 no dia 22 também de fevereiro, que impõe uma politica de contingenciamento, obrigando as universidades a funcionarem com 40% do seu orçamento, as reivindicações estudantis vem à tona.
Na prática, sofremos corte de verbas para as empresas públicas, o que impede a contratação de professores substitutos, impossibilitando a saída dos docentes para qualificação, e ainda a alteração no regime de trabalho de professores para Dedicação Exclusiva. Além disso, corta gastos com cursos, seminários, capacitação e treinamento dos servidores públicos, água, energia, xerox, telefone, ônibus e demais veículos da universidade, assinatura de revistas e jornais.
A partir deste decreto, fica clara a omissão para com o sistema educacional, e evidente o que de fato é prioridade para o governo do Estado. É importante ressaltar que tais atitudes precarizam ainda mais o tripé: ensino, pesquisa e extensão, além de levar a educação pública a falência.
Não podemos esquecer, é claro, do aumento abusivo do transporte público, dificultando o deslocamento do cidadão, e interferindo diretamente na dinâmica universitária, deixando visível a falta de responsabilidade e compromisso dos governos municipais e seus órgãos de atuação, aliados a inércia do Estado.
É importante lembrar que a falta de uma política de assistência estudantil, que garanta de fato a permanência do estudante na universidade e que assegure o desenvolvimento pleno de suas atividades é mais do que urgente.
Diante do exposto, os estudantes da UESC que estão mobilizados, questionam a postura, tanto do DCE quanto dos C.A's e D.A's frente a essa situação catastrófica. Questionamos a apatia tão latente da entidade e seu distanciamento dos estudantes, o que de fato torna o movimento estudantil cada vez menos mobilizado e mais isolado. Questionamos a postura da gestão eleita. Questionamos a falta de diálogo entre DCE e entidades de base. Questionamos a incapacidade de fomentar os debates, fazer críticas construtivas e encaminhar lutas e conquistas. Questionamos a falta de incentivo para a participação política dos estudantes. Questionamos o processo de desinformação, despolitização e a tentativa de alienação da comunidade acadêmica.
Exigimos dessa forma, um posicionamento das entidades representativas do corpo discente, visto que há uma necessidade de integração, discussão e mobilização nesse momento em que a sociedade e a Universidade são reféns da omissão do governo do Estado.
Mobiliza UESC
Ilhéus, 08 de abril de 2011.
To com o movimento, estou a 1 ano e 4 meses na universidade, e tinha aquela visão de movimento estudantil forte, reivindicações, protestos. Mas somente há pouquissimo tempo começei a observar isso. Aproveito esta chamada para solicitar ao pessoal do blog, que esse movimento não pare, mesmo depois do fim da greve, é preciso manter uma permanente mobilização, nossa universidade tem varias necessidades a sempre supridas assim como todos os estudantes. Ex: R.u de qualidade e barato, passagem, etc...a luta tem que continuar, temos que aproveitar o momento, se o DCE se omitir, que continuemos como estamos! Parabéns pela iniciativa!
ResponderExcluirExcelente movimento, puro, livre de interferências partidários, focado unicamente nos interesses dos estudantes, era isso que estava faltando na UESC. Com o Mobiliza UESC nasce sem dúvida a mais pura expressão das reinvidicações estudantis, moralmente e inpreterivelmente deve receber apoio, não apenas dos estudantes mas de todas as pessoas e entidades sérias da sociedade...Tou dentro, contem comigo! É disso que o mundo necessita! Unidos seremos imbatíveis!
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