Em primeiro lugar quero deixar claro que não participo de nenhum movimento ou grupo de estudantes da Uesc e de nenhuma outra instituição de ensino, assim como também não sou filiado a nenhum partido político ou sindicato, em fim não participo de nenhuma entidade representativa de classe. Assim sendo assumo inteira responsabilidade sobre o arrombamento em questão ocorrido na noite do dia 20 de maio numa atitude individual, impensada, pontual e errônea.
Que motivações me levaram a tomar tal atitude? Poderia eu dizer que um dos motivos teria sido o preço da carne ou do feijão; do baixo salário mínimo e do altíssimo salário dos congressistas; poderia também colocar a culpa em quem inventou as portas e cadeados ou em quem levantou a primeira cerca; ou no decreto 12.583/2011 assinado pelo governador da Bahia em exercício; como poderia ainda falar que pensando em todo caos que se encontra a educação no Brasil em todos os níveis, tive um acesso de fúria que me conduziu a agir dessa forma; ou que foi por pensar em todas as mazelas que sofremos nesse modelo de sociedade; ou por fim, que foi por refletir simultaneamente em todo esse carrossel de inquietações que flutuam dentro de minha caixa craniana. Porém nada ou nenhuma dessas questões explicam ou justificam uma ação dessa magnitude.
Portanto é através dessa nota que assumo publicamente a culpa e me comprometo em arcar com todas as conseqüências, tanto morais quanto financeiras (farei isso na instância competente). Reafirmo que o ocorrido não teve a participação de nenhum grupo, movimento e sequer fui provocado por quem quer que seja para ter agido dessa forma.
A nota a seguir foi postada no blog do Gusmão:
A sede do DCE da UESC foi arrombada na madrugada dessa segunda-feira (23). A fechadura foi totalmente danificada. Nenhum dos estudantes que estão acampados em frente à sede da entidade quiseram falar sobre o assunto. A reitoria também não se pronunciou. A polícia foi acionada. Foto: Andrei Sansil.
Ressalto que a nota é em parte inverídica, pois o ocorrido se passou como já disse, na noite do dia 20, além disso, me causou profunda indignação um comentário feito sobre a nota na mesma página da web:
Estudante disse:
Acho q o MOBILIZA UESC precisa se pronunciar sobre a incitação que fizeram em seu blog, algo muito semelhante ao ocorrido:
” …aliás, só vejo uma saída para o Diretório Central dos Estudantes: extinguí-lo, arrancar a porta daquela sala e queimá-la – (a porta)…”
qm quiser conferir eh só acessar http://mobilizauesc.bloHYPERLINK "http://mobilizauesc.blogspot.com/2011/04/mobiliza-tambem-uesc.html"gHYPERLINK "http://mobilizauesc.blogspot.com/2011/04/mobiliza-tambem-uesc.html"spot.com/2011/04/mobiliza-tambem-uesc.html
” …aliás, só vejo uma saída para o Diretório Central dos Estudantes: extinguí-lo, arrancar a porta daquela sala e queimá-la – (a porta)…”
qm quiser conferir eh só acessar http://mobilizauesc.bloHYPERLINK "http://mobilizauesc.blogspot.com/2011/04/mobiliza-tambem-uesc.html"gHYPERLINK "http://mobilizauesc.blogspot.com/2011/04/mobiliza-tambem-uesc.html"spot.com/2011/04/mobiliza-tambem-uesc.html
Peço também que confiram o texto citado e associado injustamente a atitude que aqui estou assumindo, acredito que qualquer leigo sobre questões políticas irá entender que a proposta do autor do texto nem de longe propõe esse tipo de atitude, o desabafo (pelo que pude entender) propõe a reestruturação do DCE, conclama por maior participação de estudantes nessa entidade e maior abertura para os estudantes discutirem assuntos de importância relevante para os mesmos, será que uma porta quebrada promoverá isso? Não gosto de fazer analogias, mas, ao ler esse comentário ANÔNIMO que usa um pequeno fragmento de um texto para tentar induzir os leitores a criminalizar o movimento Mobiliza Uesc, claramente é uma atitude ainda pior do que arrombar uma fechadura, por que essa sim foi uma atitude friamente pensada e intencional, infelizmente não tenho como atribuir a autoria desse comentário a ninguém. Posso apenas por dedução acreditar que foi um leitor assíduo do blog do Gusmão, pois o comentário foi feito apenas 2 (duas) horas depois da nota ter sido veiculada, ainda por dedução posso inferir que se não foi um leitor assíduo o mesmo foi avisado por alguém que tenha interesse sobre a postagem, entretanto é uma coincidência incrível que pessoas de fora do cotidiano acadêmico tenha em tão pouco tempo conhecimento tanto sobre a nota do arrombamento e do texto publicado no blog Mobiliza Uesc, eu por exemplo só li o texto hoje, seguindo o link que segue o comentário.
Por fim os meus familiares e amigos conhecem minha índole e sabem que agir dessa forma não faz parte da minha conduta e é a eles que peço desculpas por esse fato e por ter provocado tanto constrangimento aos mesmos e o que mais me conforta é que são eles que sabem que esse ato impensado foi único em toda minha vida, solidarizam com toda angustia que sinto pelo meu erro e sofrem junto pelo meu arrependimento.
Alexandre Almeida Medeiros
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAproveito para informar que em conversa com o Presidente do DCE, Thiago Fernandes, este insistiu que o caso deve ser tratado pela polícia - nas palavras de Thiago: ele deve se entregar à polícia - Talvez o presidente do DCE ignore que problemas como este costumam ser resolvidos no âmbito interno da universidade, visto o caráter peculiar da instituição (que passou por repressão policial da ditadura e desde então conserva determinada autonomia neste aspecto), em especial quando o estudante assume a autoria, se retrata e está disposto a arcar com as consequências, como é o presente caso.
ResponderExcluirOs estudantes do Mobiliza UESC foram os primeiros a notar o arrombamento e prontamente registraram a segurança patrimonial, assim como identificaram o autor através de testemunhas e posteriormente o contataram, informando que a segurança patrimonial já havia registrado uma ocorrência, o que certamente acarretaria um processo interno para o responsável.
Lembramos que desde que foi informado, na manhã do dia 21 de maio, Alexandre não deixou de reconhecer o ato, nem se esquivou da responsabilidade, como evidencia a nota.